sábado, 5 de novembro de 2016

CATEGORIA - ENCONTRO COM A VIDA - "PODE A MAIORIA ESTAR ERRADA"?

Pode a Maioria Estar Errada?


Existem, no mundo cerca de 213 religiões cristãs e mais de 800 religiões pagãs. Em meio a essa confusão religiosa, procura o homem a verdade. Você tem direito de crer no que queira. Eu também. Mas, pelo fato de não estarmos de acordo em matéria religiosa, não significa precisamente que um de nós esteja com a razão. Qual dessas religiões está com a razão? A que tem mais adeptos? A mais numerosa? Perguntamos: Quando, na história bíblica, a maioria esteve com a verdade? Vejamos: Noé representava uma minoria ínfima no tempo do dilúvio, e no entanto, tinha razão. Israel ao sair do Egito, era uma fraca minoria, no entanto, era o povo de Deus. Jesus, nosso Salvador, esteve só contra uma nação inteira. “Veio para o que era Seu, e os Seus não O receberam”. S. João 1:11. “Porventura creu nEle alguém dentre a autoridades, ou alguém dos fariseus?” S. João 7:46-48. A maioria, incluindo guias religiosos, rejeitou a Jesus.
Quando Jesus ascendeu ao Céu, o cristianismo era uma débil minoria diante de um mundo rebelde e indiferente. Devido ao seu afã de popularidade e poder, a Igreja tornou-se maioria mas perdeu sua santidade e pureza e a verdade que Deus lhe havia confiado. Por isso, a pergunta que devemos fazer não é: Tem você razão? Tenho eu razão? Tem-na a maioria? Mas, sim:
“Que é a verdade?” Disse Jesus: “A Tua Palavra é a Verdade”. S. João 17:17. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva”. Isaias 8:20.
A Palavra de Deus é a única fonte de verdade. Busquemos nela a resposta a sinceras perguntas:
Pergunta: É a guarda do domingo ensinada no Novo Testamento?
Resposta: A palavra domingo não se encontra na Bíblia; mas, no Novo Testamento há oito referências ao primeiro dia da semana. Quatro delas – S. Mateus 28:1; S. Marcos 16;1 e 2; S. Lucas 24:1 e S. João 20:1 – dizem todas a mesma coisa: As mulheres, seguidoras de Jesus, foram ao sepulcro no primeiro dia da semana para ungir o corpo do Senhor. Isto é tudo que essas passagens afirmam. Não há nelas indicações de que o dia é santo.
Seguem as outras quatro referências:
1) S. Marcos 16:9 “Havendo Ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena.” Esta passagem declara que Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana. E como vemos, ela não vai além disto – não diz que por essa razão o primeiro dia da semana tornou-se santo, ou que o devamos guardar.
2) S. João 20:19 “Ao cair da tarde daquele dia, primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos, com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco”! O versículo diz que a causa de estarem reunidos era o medo que tinham dos judeus (trancaram as portas), e não para comemorarem Suas ressurreição. Jesus reprovou Seus discípulos por descrerem que Ele havia ressuscitado.
3) S. Marcos 16:14. Atos 20:7: “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”.
Temos aqui uma reunião religiosa realizada no primeiro dia da semana. Mas não há nela indicação de santidade do primeiro dia. Devemos nos lembrar que o apóstolo S. Paulo estava viajando e realizava reuniões em qualquer dia da semana. Ele havia passado em Trôade sete dias e aparentemente realizou essa reunião, porque “devia seguir de viagem no dia imediato”. Talvez a reunião tenha sido relatada por causa do incidente da ressurreição do jovem Êutico que caíra da janela.
4) I Coríntios 16:2: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando para que se não façam coletas quando eu for”. A oferta destinada aos pobres de Jerusalém, devia ser posta de lado, em casa, e aí também, para ser entregue ao apóstolo quando ele chegasse, acumulada, para que não houvesse coletas apressadas de última hora.
Assim, as oito referências do Novo Testamento ao primeiro dia da semana não contêm mandamento quanto ao dever de observarmos esse dia; nem a menor indicação de que ele é santo. Disso, concluímos que a Igreja Cristã primitiva no período em que viveram os apóstolos, não conheceu o primeiro dia (domingo) como dia santificado.
O Cardeal Gibbons, arcebispo de Baltimore e primaz da Igreja Católica nos Estados Unidos, disse: “Podereis ler a Bíblia de Gênesis ao Apocalipse, e não encontrareis uma única linha que autorize a santificação do domingo. As escrituras ordenam a observância religiosa do sábado, dia que nós nunca santificamos”. Faith of Our Fathers, pag 89.
Pergunta: Qual é então a origem do domingo?
Resposta: Os apóstolos S. Paulo e S. Pedro previram que algo estranho aconteceria para a Igreja.
“Eu sei que depois da minha partida … dentre vós mesmos, se levantarão homens falando cousas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles”. Atos 20:29 e 30.
“Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente heresias destruidoras… e muitos seguirão as suas práticas libertinas…” II Pedro 2:1 e 2.
Levantar-se-iam mestres e introduziriam ensinos errôneos, “heresias destruidoras”. Isto aconteceu após a morte dos apóstolos, o último dos quais morreu cerca do ano 100 de nossa era. Enquanto viveram, os apóstolos foram os guardiões da Verdade.
Esses falsos mestres que surgiram eram mais filósofos do que discípulos de Jesus, mais pagãos do que cristãos. Vejamos o que aconteceu: O primeiro dia da semana, era dedicado ao culto do Sol, pelos antigos babilônios. Em 274, depois de Cristo, o imperador Aureliano adotou o culto do Sol como a religião oficial do Império Romano. O astro-rei, era o centro de adoração, a principal divindade. Ao culto do Sol – Sol Invicto, como lhe chamavam – foi dedicado o primeiro dia da semana, que por isso era chamado no Latim dies solis – dia do Sol. Ainda hoje este é o seu nome na língua inglesa (Sunday) e também na alemã ( Sonntag). Assim pela influência desses mestres, esse dia do paganismo pouco a pouco penetrou na cristandade para facilitar a “cristianização” dos pagãos.
Pergunta: Como chegou a observância do domingo a ser oficializada?
Resposta: Por um decreto do imperador Constantino baixado em 7 de março de 321 da nossa era, que dizia o seguinte: “Que os juízes e o povo das cidades, bem como os comerciantes repousem no venerável dia do Sol. Aos moradores dos campos, porém, conceda-se atender livre e desembaraçadamente aos cuidados da sua lavoura”. A aparente conversão do imperador romano Constantino, teve objetivos políticos: agradar seus súditos cristãos. Como, porem, essa atitude contrariasse os outros súditos pagãos, fez uma “acomodação”, introduzindo na Igreja muitos dos seus costumes.
Cerca de 40 anos mais tarde, em 364, veio o decreto eclesiástico: a lei torna-se religiosa:
“Os cristãos não devem judaizar, ou estar no sábado, mas trabalharão nesse dia; o dia do Senhor (domingo), entretanto, honrarão especialmente, e como cristãos não devem, se possível, fazer qualquer trabalho nele. Se, porem, forem achados judaizando, serão separados de Cristo”. – Cânon 29 de Concílio de Laodicéia.
A proibição de observar o sábado significa que esse dia ainda era observado no quarto século. Além da proibição em 364, do Concílio de Laodicéia, outras proibições se seguiram, fazendo com que o sábado fosse cada vez mais esquecido e o domingo mais firmemente estabelecido. Porém, sempre houve fiéis que não aceitaram a mudança: Os Valdenses no Piemont guardaram o sábado mais de 1000 anos, pois possuíram as Escrituras. Na Etiópia, ainda no século 17, guardava-se o sábado como memorial da criação. Através do profeta Daniel, o Senhor Deus havia predito que um poder político-religioso cuidaria em mudar a lei: “… Cuidará em mudar os tempos e a lei”. Daniel 7:25. “… E deitou por terra a Verdade; e o que fez prosperou”. Daniel 8:12.
O Dr. Augusto Neander, considerado o príncipe dos historiadores eclesiásticos, disse: “A festa do domingo, como todas as outras festividades, foi sempre uma ordenança simplesmente humana, e estava longe das cogitações dos apóstolos estabelecer a este respeito uma ordem divina”. Church History pág. 186.
O Dr. Eduardo Hiscox, autor de “O Manual Batista”, também assim se expressou: “Havia, e há um mandamento que manda santificar o sábado, mas esse sábado não era o domingo”. New York Examiner, 16 de novembro de 1893.
Pelo exposto, concluímos que o sábado não foi abolido por Jesus e nem pelos apóstolos. A observância do domingo é preceito humano.
Pergunta: Não foi o sábado feito só para os judeus?
Resposta: Nosso Salvador disse: “O sábado foi estabelecido por causa do homem e não o homem por causa do sábado”. Marcos 2:27.
O sábado foi instituído na criação. Os Judeus ainda nem existiam. Deus fez o sábado para o homem, quer dizer, para toda a humanidade. Se o sábado – o quarto mandamento – tivesse sido dado somente para os judeus, então toda a lei – os 10 mandamentos – também seria só para eles. Nesse caso, os cristãos poderiam adorar imagens, roubar, matar, adulterar, mentir, etc. Logicamente isto não pode ser assim; então o quarto mandamento não era só para os judeus.
Pergunta: Está correto os cristãos guardarem o domingo como memorial da ressurreição de Jesus?
Resposta: Sem dúvida alguma, a ressurreição de Jesus foi um grandioso acontecimento, mas um grandioso acontecimento só por si, não torna santo um dia; e aceitar a observância do domingo por esse motivo não tem base bíblica. Deus não autorizou e nem os apóstolos, que viveram muitos anos após a ressurreição de Jesus e jamais guardaram o domingo. Disse Jesus:
“Em vão Me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens. E disse-lhes ainda: jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardares a vossa própria tradição”. S. Marcos 7:7-9.
Pergunta: Estarão perdidos todos aqueles que guardam o domingo em vez do sábado?
Resposta: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porem, notifica aos homens que todos em toda parte se arrependam.” Atos 17:30.
Talvez muitos de nossos parentes e antepassados não sabiam que o sábado foi mudado para o domingo por vontade dos homens. Pensavam, com a certeza, que o domingo era o dia estabelecido por Deus. Eles o guardavam por ignorância. Mas, agora, Deus “notifica a todos os homens que se arrependam”. Se sabemos o que é a verdade e a rejeitamos, somos culpados. “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando.” S. Tiago 4:17.
Pergunta: É Deus tão exigente que requeira dos cristãos de hoje a guarda do sábado?
Resposta: Sim. “Pois qualquer que guardar toda lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos”. S. Tiago 2:10.
Se Deus não fosse tão exato, não teria sido necessário Jesus morrer para salvar-nos do pecado. Mas Cristo morreu para tirar o pecado e estabelecer a lei de Deus.
“Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma, antes confirmamos a lei”. Romanos 3:31.
Deus quer que tenhamos Sua lei dentro do coração: “… nas suas mentes imprimir as Minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei: e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu Povo.” Hebreus 8:10.
Se queremos pertencer ao povo de Deus, devemos obedecer-Lhe custe o que custar, mesmo que isto exija um sacrifício de nossa parte. De um lado estão os guardadores do domingo – imensa multidão – andando como seus pais andaram, rejeitando o sábado. Do outro lado, um grupo bem menor, mas nele estão Adão, Enoque, Abraão, Isaías, os 12 apóstolos, a mãe de Jesus, Maria Madalena, S. Paulo e também um considerável número de cristãos fiéis que através dos séculos consideraram a Verdade mais preciosa do que a vida. Vemos também um valente grupo da atualidade que tudo sacrifica por amor a Cristo.
Ao olharmos novamente do lado dos observadores do sábado, notamos o seu Comandante-Chefe – “O mais distinguido entre dez mil”- Jesus de Nazaré o Filho de Deus. Ao erguer Suas mãos, divisamos nelas as marcas dos pregos. Com voz solene Ele diz: “Com amor eterno Eu te amei”… Jeremias 31:3.
“Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos.” S. João 14:15
Sim, Jesus, “eu e a minha casa serviremos ao Senhor”!

                                                Extraído de "setimodia.wordpress.com"

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